terça-feira, 6 de julho de 2010

Testemunha pode esclarecer caso Mércia


Para a Polícia Civil de São Paulo, o depoimento que uma testemunha não identificada deu no caso Mércia Nakashima pode complicar a situação do advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza, de 40 anos, considerado o principal suspeito pelo assassinado da advogada de 28 anos. De acordo com a versão dela, o vigilante Evandro Bezerra da Silva, de 38 anos, lhe contou num telefonema que havia recebido uma proposta de ganhar R$ 5 mil de Mizael se fizesse “uma coisa errada” para ele.

De acordo com a investigação, Evandro está envolvido no crime e a "coisa errada" era participar da morte de Mércia. A Justiça decretou a prisão temporária do vigilante após ele faltar a um depoimento. A polícia ainda procura o suspeito, que está foragido desde que soube da morte da advogada em 11 de junho. O corpo da vítima foi encontrado em uma represa em Nazaré Paulista, no interior do estado.

Além do ex-namorado de Mércia e Evandro, o delegado Antonio Olim, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), investiga a possível participação de um dos irmãos de Mizael no homicídio. Este último fez 27 ligações para o telefone do vigilante após o desaparecimento da advogada em 23 de maio. Nesta data, a vítima foi vista pela última vez saindo da casa dos avós, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Outro lado

Para o advogado da família Nakashima, Alexandre de Sá Domingues, o depoimento desta testemunha é importante para elucidar quem matou Mércia. “O que a investigação já tem incrimina bastante o Mizael”, disse Sá Domingues.

“Eu soube deste depoimento: a testemunha é amigo do Evandro. Ela conta que Evandro ligou para ela antes do crime ocorrer e recebeu uma proposta para fazer um ‘negócio errado’. Ela falou que Evandro lhe contou que poderia aceitar a proposta porque a filha estava passando dificuldades. Depois, Evandro ligou para a testemunha e disse que fez besteira. A proposta inicial para ele fazer o ‘negócio errado’ era de R$ 5 mil”, contou o advogado Sá Domingues.

Procurado para comentar o assunto, o advogado de Mizael, Samir Haddad Júnior, criticou a versão dada pela testemunha e falou que pretende processar todos aqueles que estão dando informações “mentirosas” sobre seu cliente à polícia.

“Isso é tão infeliz. Mentirosa essa informação. Isso é mais uma testemunha mentirosa que apareceu um mês depois e que a polícia dá como verdadeira e que acrescentou algo às investigações. Se ele não provar que Mizael deu R$ 5 mil, vou processá-lo por dano moral. Todas as testemunhas que estão mentindo contra o Mizael serão processadas por danos morais. R$ 5 mil é preço para mandar matar bandidinho no tráfico e não advogada. Meu cliente não matou ninguém. Ele é inocente”, afirmou Haddad Júnior.


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